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LIVRO TRABALHO - MPT

     O livro foi publicado em outubro de 2013 pelo Ministério Público do Trabalho - MPT - em comemoração aos 10 anos da criação e atuação da Coordenadoria Nacional de Defesa do Meio Ambiente do Trabalho  - CODEMAT. Essa coordenadoria tem o objetivo de garantir um meio ambiente de trabalho seguro e saudável a todos os trabalhadores brasileiros.

     Para o livro foram abordadas as quatro atividades econômicas consideradas mais críticas pela CODEMAT, seja pelo perigo na atividade, pela insalubridade, pela longa jornada de trabalho, pelo frio, pelo calor, pelo ruído extremo ou pelas condições precárias do local de trabalho. São elas Contrução Civil, Industria de Amianto, Cana-de-Açucar e Frigorífico.

 

Quem tiver interesse em ver pode fazer o download no link abaixo ou tentar conseguir um exemplar na assessoria de comunicação do MPT. O livro não é vendido, é dado, mas só recebi alguns poucos exemplares. 

 

http://www.mpt.gov.br

Ascom: 61.3314.8222

 

Download do Livro Trabalho em PDF - click aqui

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Fábrica de telhas com cimento-amianto na cidade de Curitiba, PR. Apesar de já se saber a muitos anos o mau que a fibra do amianto causa as pessoas que tem contato com elas, em especial nas linhas produção, o Brasil ainda não tem uma legislação federal que proíba o uso desse produto. Cada Estado tem a sua legislação e não há um consenso sobre o banimento do amianto no país.

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Fábrica de telhas com cimento-amianto na cidade de Curitiba, PR. Apesar de já se saber a muitos anos o mau que a fibra do amianto causa as pessoas que tem contato com elas, em especial nas linhas produção, o Brasil ainda não tem uma legislação federal que proíba o uso desse produto. Cada Estado tem a sua legislação e não há um consenso sobre o banimento do amianto no país.

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A "poeira assassina". O Brasil está entre os cinco maiores produtores de amianto do mundo e é também um grande consumidor. O Canadá, segundo maior produtor mundial de amianto, é o maior exportador desta matéria-prima, mas consome muito pouco em seu território(menos de 3%). Para se ter uma idéia de ordem de grandeza e da gravidade da questão para os países pobres: um(a) cidadão(ã) americano(a) se expõe em média a 100g/ano, um(a) canadense a 500 g/ano e um(a) brasileiro(a), mais ou menos, a 1.200

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Membros da ABREA - Associação Brasileira dos Expostos ao Amianto - em encontro em Osasco, SP. http://www.abrea.com.br/ Estes são ex-funcionários de diversas empresas como a Eternit, Brasilit e outras "Empresits" que trabalhavam ou ainda trabalham com produtos com amianto. Todos eles sofrem com doenças causadas pela fibra mineral e um dos vários problemas é que em quase todos os casos, essas pessoas só começaram a apresentar sintomas de problemas de saúde muito tempo depois de terem saído das emp

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Membros da ABREA - Associação Brasileira dos Expostos ao Amianto - em encontro em Osasco, SP. http://www.abrea.com.br/ Estes são ex-funcionários de diversas empresas como a Eternit, Brasilit e outras "Empresits" que trabalhavam ou ainda trabalham com produtos com amianto. Todos eles sofrem com doenças causadas pela fibra mineral e um dos vários problemas é que em quase todos os casos, essas pessoas só começaram a apresentar sintomas de problemas de saúde muito tempo depois de terem saído das emp

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Nas ruínas de uma velha usina na antiga fazenda Contendas podemos ver como a tecnologia do setor sucroalcooleiro mudou ao longo dos anos.

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A cara das novas usinas de cana, além do álcool e do açúcar elas ainda geram mais uma porção de produtos como energia elétrica, que usada pela usina e o excedente distribuído direto na rede estadual, e leveduras usadas em industrias químicas.

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Os equipamentos de proteção individual, conhecidos como EPIs, devem ser fornecidos pelas usinas aos cortadores, mas nem todos usam seus equipamentos corretamente, alguns por acharem desconfortável e outros até por "estilo" mesmo.

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Sr. Ismael, cortador de cana na região de Vista Alegre. Ele tem 70 anos e um físico de menos de 40. Esse pernambucano trabalha a mais de trinta anos no corte de cana em SP.

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Além da jornada puxada de trabalho, os cortadores de cana ganham por produção o que faz com que o ritmo de trabalho seja ainda mais intenso. Montes de cana vão se acumulando nos talhões de cada cortador, para no final da jornada serem pesados "a olho" (medidos em metros) pelos capatazes das usinas. E assim é estipulado quanto cada um cortou, podendo chegar a mais de 3 toneladas por dia dependendo do trabalhador.

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Alguns dos cortadores adaptam seu equipamentos e vestimentas de acordo com o que acham mais necessário, porém são repreendidos pelos capatazes da usina quando não estão dentro das normas de segurança.

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Por conta da jordana exaustiva de trabalho a céu aberto, os cortadores de cana são obrigados a interromper o trabalho a cada 50min para um descanso de 10 minutos. Esses intervalos são marcados por um apito dos fiscais da usina. Alguns aproveitam o tempo para comer alguma coisa, mas muitos ficam em pé, parados, esperando o segundo apito para poderem voltar ao corte.

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Por conta da jordana exaustiva de trabalho a céu aberto, os cortadores de cana são obrigados a interromper o trabalho a cada 50min para um descanso de 10 minutos. Esses intervalos são marcados por um apito dos fiscais da usina. Alguns aproveitam o tempo para comer alguma coisa, mas muitos ficam em pé, parados, esperando o segundo apito para poderem voltar ao corte.

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A sra. Terezinha aproveita para comer alguma coisa durante o intervalo de 10min obrigatório a cada 50 minutos de trabalho. Lesões por esforço repetitivo (LERs) são muito comuns entre os trabalhadores do corte de cana.

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Canteiro de obras. Reforma do aeroporto de Viracopos, em Campinas / SP.

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Canteiro de obras. Reforma do aeroporto de Viracopos, em Campinas / SP. Em grandes obras como esta, o consórcio de empreiteiras é responsável por diversas equipes, cada uma especializada em uma área da construção. A cor dos coletes é que diferencia a qual empresa o operário trabalha e a sua especialidade no canteiro. Para cada núcleo de equipes existe uma sub-equipe que é responsável pela segurança no trabalho. São os "coletes verdes" que fazem a fiscalização e orientação dos trabalhadores.

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Reforma do aeroporto de Viracopos, em Campinas / SP. Na prática representa a construção de um novo "terminal-aeroporto". Quando estive lá, em agosto de 2013, a concessionária contava com mais de 6.000 operários no canteiro de obras, em 3 turnos trabalhando 24 horas. A construção civil é uma das atividades com os mais altos índices de acidentes de trabalho no Brasil. O aumento da demanda e o aquecimento das atividades do setor não vieram acompanhados pela melhoria da segurança dos trabalhadores.

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Canteiro de obras. Fundações do futuro estacionamento. Reforma do aeroporto de Viracopos, em Campinas / SP. Uma das normas de segurança determina que toda ponta de aço de construção (vergalhão) exposto seja coberta com um protetor de plastico para evitar acidentes. Nesta obra havia centenas de milhares dessas pontas expostas, mas nem sempre estavam todas cobertas.

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Fabrica da BRF (Brasil Foods) fusão da Sadia e Perdigão. Daqui saem todos os hamburgers do Mc Donalds, além de várias outras coisas. É a maior estação de abate e processamento de frango e boi juntos no país. — em Cuiabá MT

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Aves mortas segundo o método Halal. Seguindo os preceitos do Alcorão o animal não deve sentir dor enquanto é abatido. Para isso os frangos são pendurados pelos pés numa espécie de teleférico que os mergulha num tanque de água com corrente elétrica onde são eletrocutados e afogados - a eletronarcose. Nesse momento eles "apagam", mas não tem parada cardíaca, ou seja, continuam vivos (?). Em seguida passam pela degola que é feita por um muçulmano mentalmente sadio e que deve dizer a frase: “Em nome

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Aves mortas segundo o método Halal. Frigorífico BRF - Brasil Foods, a fusão da Sadia com a Perdigão. No video abaixo dá pra ter uma noção da velocidade que os frangos passam na frente dos operários enquanto eles tem que executar os cortes repetidamente durante horas a fio.

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Não sei o nome desse senhor, não consegui perguntar e nem ele ouviria. Ele operava a serra que abria o peito e barriga dos bois para irem para a evisceração. Um dos vários "problemas" do trabalho nos frigoríficos é o alto nível de ruído. É muito alto. Todos tem que trabalhar com protetor de ouvido e a comunicação é só por olhar e leitura labial. Além da possibilidade de surdez, o barulho das fábricas também faz com que as pessoas tenho problemas psicológicos devido ao isolamento que ficam, mesmo

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Seção de desossa de carcaças no frigorífico JBS - Friboi e Swift No video abaixo é possível ter uma ideia da sequência de trabalho na desossa das partes traseira e dianteira. Depois de desossada as partes seguem numa esteira rolante para a separação de cada corte, em seguida a pesagem e depois a embalagem a vácuo.

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Separação de peças por cortes (contra-filé), no frigorífico BRF - Brasil Foods, a fusão da Sadia com a Perdigão.

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Trabalhador do frigorífico BRF - Brasil Foods, a fusão da Sadia com a Perdigão. A função desse operário é remover a cabeça dos bois das carcaças. Ele passa todo seu turno fazendo isso, cortando cabeças.

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Transporte de carcaças no frigorífico JBS - Friboi e Swift Cada metade das carcaças pesa em média 150kg. Elas devem passar por um período de descanso numa câmara fria a baixa temperatura. Esse processo de separação e guarda é feito manualmente e esse operário muitas vezes chega a empurrar mais de 6 peças numa leva só, o que pode chegar a 900kg facilmente.

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© 2014 by ANDRE ESQUIVEL FOTOGRAFIA

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